Como preparar o terreno e plantar grama corretamente

Gramados bem estabelecidos, independente da variedade escolhida e da razão para a qual foi plantado, dependem diretamente do manejo pré-plantio como ponta pé inicial para o resultado esperado: um gramado puro, denso, uniforme e saudável.
É importante ressaltar que para termos um bom gramado, deve-se somar ao preparo de solo, o manejo correto no período PÓS-PLANTIO. Portanto, as técnicas descritas abaixo irão apenas permitir, caso o manejo pós-plantio seja feito da forma recomendada, que o gramado chegue até o resultado final esperado.

1. ERRADICAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS:

Diminuí os riscos de novas infestações das espécies indesejáveis.
O controle deverá ser feito através de capina mecânica e/ou utilização de herbicida, com o acompanhamento técnico de um Engenheiro Agrônomo (capítulo VI do Decreto 4074 | Art. 64), na tentativa de reduzir futuros problemas com contaminação do gramado.
A escolha do método a ser utilizado, do herbicida escolhido, da dosagem do produto e frequência de aplicação vai depender das espécies encontradas e do estágio de desenvolvimento das mesmas.

2. PREPARO DO SOLO:

Após a erradicação das plantas daninhas, daremos início ao manejo do solo, principalmente para garantir o rápido desenvolvimento do sistema radicular e estabelecimento da grama no local. Um gramado com sistema radicular bem desenvolvido ficará saudável além de mais resistente à seca.
Para isso deverá ser feita a retirada de impedimentos físicos como pedras, entulhos, tocos de madeira assim como a raspagem de cimento e restos de cal caso estejam presentes na área de plantio.
Após a limpeza do terreno, recomenda-se a descompactação de no mínimo os primeiros vinte centímetros do solo com enxada normal, rotativa, arado de disco ou grade.
A realização da calagem e adubação também garantem o bom enraizamento do gramado além da rápida e densa formação de novas folhas e estolões.
Recomenda-se que seja feita a análise físico-química do solo antes da compra de qualquer fertilizante, porém na falta da análise, adotamos os insumos abaixo:
300g/m² calcário dolomítico
250g/m² super simples (adubo fosfatado)
3 a 5 Kg/m² matéria orgânica, estabilizada ou condicionadores de solo.
*Evitar superdosagem de cada item acima.
Os materiais poderão ser adicionados à lanço ou através de adubadeiras previamente reguladas, para então serem incorporados no solo com o auxílio de rastelo. A uniformidade de aplicação será diretamente proporcional à uniformidade da coloração e densidade de folhas após o estabelecimento dos tapetes.
Após a correção da fertilidade do solo, deve-se finalizar com a correção dos níveis ao longo da área plantada, para diminuir as imperfeições do terreno. Pode-se utilizar desde mangueiras de nível até nivelamento à laser. O importante é obter o nivelamento esperado sem compactar novamente o solo.

3. PLANTIO DA GRAMA:

Para finalizar, o plantio das placas deverá ser feito imediatamente após a chegada da carga no local da obra, por ser um produto altamente perecível. Jamais molhe o produto enquanto o mesmo estiver empilhado. Caso tenha algum imprevisto, aloje-o debaixo de alguma proteção contra a luz direta do sol e a chuva.
Molhe o solo antes do plantio para facilitar o enraizamento dos tapetes e em seguida plante uma placa ao lado da outra, visando diminuir ao máximo o espaço entre as placas. Para diminuir qualquer risco de rebrota das plantas daninhas, adicione areia média lavada nos espaços existentes após o plantio. Para aumentar o contato entre o solo e as raízes, além de corrigir qualquer imperfeição de nivelamento, recomendamos a utilização de soquetes ou rolos para o acabamento final.
A partir dessa etapa, o programa de manejo pós-plantio deverá ser organizado de acordo com a variedade utilizada e a região em que o gramado foi plantado.